Em briga de marido e mulher Se mete a colher
Em briga de marido e mulher Se mete a colher Nossa sociedade em pleno Século XXI, continuamos com a visão machista sobre os direitos sociais e econômicos da mulher. A luta das mulheres pela igualdade de gênero em todos os aspectos, veem timidamente se consolidando devido estarmos sempre em movimento. Porém, a sua concretude dependerá da conscientização de todos, não somente da mulher, inclusive ao se tratar da violência de gênero, onde o homem agressor se sobrepõe as condições físicas da mulher. Nestes termos, estamos ainda engatinhando, principalmente nós mulheres que fomos criadas enquanto trabalhadora do lar e obediência ao marido. Infelizmente, o credo religioso, na sua maioria, preconiza que a mulher deverá sempre ser submissa ao marido, e, quando ela ainda não se perceber como pessoa de direito e respeito, será presa de pessoas com convicção machista. Ainda na sua maioria, somos permeados por ditados antigos como este: “Em briga de marido e mulher não se mete a colher”. Tal comportamento, constatado no universo do condomínio vertical, ao ouvir uma mulher sendo espancada pelo seu marido, e, enquanto era agredia, ela dizia: para, não se faz isto cum mulher, vou chamar a polícia. Neste momento, decidi chamar a polícia. Mas, ao chegarem, a mulher saiu chorando, com marca de arranhão no peito, como se fosse feito por um objeto contundente pontiagudo. Para minha tristeza, e ao mesmo tempo entendendo a posição de defesa dela, em enaltecer as qualidades do marido e que ele não havia espancado, pois ele e ela são cristãos filhos de Deus, ou seja, ele Pastor e ela missionaria. A todo momento, a mulher justificava para a policia que seu marido era excelente, e não se identificou nem forneceu o nome dele as autoridades policiais. Mediante tal comportamento, foram embora. Entretanto, o que mais ela verbalizava era pedindo para não serem denunciado a Sede da Igreja Evangélica a qual ele assume compromisso de PASTOR. Após a retirada dos policiais, sem sucesso na solução do caso, ela ainda permaneceu conversando comigo pedindo para não os denunciar a Igreja. Mesmo não sendo profissional da saúde, percebi que a mesma precisaria ser acompanhada por atendimento, ofereci indicar-lhe endereços onde ela poderia ser atendida, ou seja, Núcleo de Defesa e Convivência da Mulher, ela se recusou, mas era percebido que ela não demonstrava vontade de adentrar ao seu apartamento, após muita insistência, adentrou. Mas o compromisso com a defesa da mulher, não pensei duas vezes, entrei em contato com a SEDE central, responsáveis pelos pastores e relatei todos os fatos ocorridos a uma pessoa que se identificou obreia, ela anotou e disse que iria socializar junto ao Apostolo responsável. Ainda reforcei a ela que o casal precisa de ajuda e que a Igreja é responsável em auxiliar, afinal uma pessoa que se diz homem de Deus, suas mãos que deveria acariciar a cônjuge, a espancava. Apesar da incompreensão de muitos vizinhos, jamais me intimidarei e continuarei denunciando agressão as mulheres, crianças e idosos aos órgãos competentes Tonia Aleixo
Enviado por Tonia Aleixo em 15/08/2021
Alterado em 15/08/2021 |