A chuva caia sem parar. As arvores pendiam de um lado para o outro como se fossem balancos. No jardim, as flores perdiam suas pétalas que voavam lentamente sem destino. Nos rios, a correnteza carregava a vegetação das encostas, e, os gravetos se aglomeravam pelo caminho sem saber onde chegar. Os pássaros se recolhiam, uns tentavam salvar seus ninhos e filhotes. Alguns conseguiam, outros tiveram a vida ceifada pelo forte vento que a chuva acomanhanva. E as pedras de gelo gigantes, caiam nas vidraças e telhados, o barulho era ensurdecedor. Nao se via sequer movimento de vida nas ruas tao desertas e assustadoras. A chuva continuava torrente, o vento uivava. Raramente a cortina se abria, afinal presenciar tal devastação doía a alma e as lágrimas corriam pela face tremula e rosada, até parecia gotas da chuva que caía. Novamente a cortina se abre, surge um fio de esperança, no horizonte um ponto de luz aparece, era um novo dia. Tonia Aleixo
Enviado por Tonia Aleixo em 06/04/2020
Alterado em 25/03/2021 |