A ociosidade
Caros, imaginem o entusiasmo de uma pessoa chegar à velhice e ainda exerce suas funções profissionais. Alcançar a velhice, ou como dizem por aí, a terceira idade, sentindo a mesma ansiedade ao completar dezoito anos de idade. A lucidez mental, a suavidade da pele e a motivação em viver e ser feliz. Exercer o meu trabalho era uma das maiores motivações, afinal tinha orgulho de ser Assistente Social, sempre atuando eticamente e cumprindo minha missão do Projeto Político Ético, junto as pessoas que mais precisavam da nossa intervenção. O usuário, nos faz estar sempre em movimento e em busca de um mundo melhor, tendo como primissa a igualdade social. Como acontece com a grande maioria, o tempo foi passando, deparei-me com a aposentadoria. No primeiro momento, era a euforia em ter meu papel cumprido. Mas, isto não significa o final. Então, ainda não acostumada na ociosidade profissional, finquei minhas energias no cuodar da casa, começando pela reforma. Mas não era suficiente e voltei-me aos sonhos e enveredi-me à literatura por diversas correntes. Passei a firmar mais em escrever poemas, cronicas e contos, os quais deram-me o prazer de participar de concursos, coletaneas e enciclopédia bilingue e antologias, nos diversos Estados brasileiros,e, por fim, lançar dois livros de poesias. Interessante dizer que, quando trabalhava, e chegava ao anoitecer, sempre deparava-me com dois idosos sentados num banco de madeira, e eu, brincalhona como sempre dizia: Vamos trabalhar? Eles olhavam-me e sorriam se dizer nada. E assim, sucessivamente. Hoje, o banco de madeira é ocupado por três idosos: Os dois cativos anteriores e eu.. Nesta nova fase da minha vida, usufruo do meu tempo ocioso e sacrário para deleitar poemas, versos e prosas. Tonia Aleixo
Enviado por Tonia Aleixo em 29/05/2017
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