Meu refúgio

Sentimentos e Poesias

Textos


Acorrentada pelas circunstãncias, inserida numa senzala fria e malvada
onde ninguem se importa com ninguem, muito menos pelo sofrimento vivido.
A distância tão longíqua deixa marcas na mente e no corpo, muitas invisíveis, outras visíveis. Neste contexto, só observamos  o semblante e o sorriso  das senhoras da casa grande sem nenhum sentimento de amor, apenas o descaso pela dor, a dor das escravas brancas ou negras, não importa. São escravas!
Discretamente, a senhora, cônjuge do senhor Capitalista, tão perversa, tal qual, finge com seu sorriso sarcástico, não ver as correntes tão fortes e as amarras do capitalismo que aprisiona com seu gigante cadeado  cada servo amargurado.
A senzala, já não é predominantemente da cor negra, a micelância entre os brancos e negros se confundem  com o sistema, formando uma fumaça sem cor,  saindo das chaminés e das mentes perversas e presentes.
Quando teremos nossa carta de auforria? Onde não houvesse o apartaide, e que os açoites desapareçam por encanto. Sonho, ou utopia? Atualmente o que vemos são sorriso selados com cinismo intrísico ao ator.
A prepotencia acirrada, nos escalões do poder econômico e político, a senzala prevalece viva e forte.
Na cidade, homens e as mulheres, ou, servos (as), viajam quilometro e quilometros da sua moradia , viajam horas a fio ,até chegarem no destino não escolhido, mas imposto.
Até quando as  correntes e cadeados continuarem, enquanto a maioria em busca  da sua auforria, dia e noite, noite e dia, já perderam a alegria de se sentirem livre um dia.
O que queremos é tão simples, ter o prazer de olhar para o céu e cortejar o brilho do sol, das estrelas e da lua, como se fossem nossa família.
É sonho, ou utopia?
Tonia Aleixo
Enviado por Tonia Aleixo em 27/08/2013
Alterado em 12/10/2015


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