Meu refúgio

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Lembranças

Ao sair todos os dias de casa com destino ao trabalho, no ponto de ônibus fico a observar o destino da cada um.
O tempo que permaneço ali parada, lembranças surgem em minha mente do meu tempo de juventude, usava mini saia, corpo esbelto e pernas torneadas, a inocência pairava na relação com o mundo e seu movimento dialético.
Enquanto sonhava ali parada no ponto de ônibus, no aguardo do transporte a conduzir-me ao meu destino, o tempo parecia não passar e
milhões de lembranças vinha à tona sem cessar, parecia um turbilhão de histórias rondando no ar.
Após um longo tempo de espera, lá vem meu ônibus, entusiasmada preparo-me e dou sinal de parada..
Com os meus mais de sessenta anos, cabelos brancos, o motorista olha e afinca o pé no acelerador e vai embora, fico alí estarrecida, inerte sem entender tal comportamento, continuo à espera de outro ônibus que seja conduzido por um condutor que respeite meu direito de cidadã.
No contexto, minha mente volta a divagar em pensamentos, e, questiono: E se fosse uma bela mulher, loira, corpo torneado será que o condutor faria o mesmo, deixando-a sem transporte? Claro que não!
Tonia Aleixo
Enviado por Tonia Aleixo em 09/06/2015
Alterado em 12/10/2015


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